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Ano 2 – No 32 – Março 2021
Pensando a Comunicação fora da Caixa
 
Fala, professor!
  Jornalismo patrocinado: a ânsia pelo lucro ameaça a qualidade e a independência da imprensa brasileira

O Jornalismo patrocinado está, pouco a pouco, comendo pelas beiradas a transparência e a independência editorial da imprensa brasileira e, ao que parece, se constitui em um processo irreversível.
Mas em que consiste o Jornalismo Patrocinado?
Ele representa uma tendência nefasta da mídia, no Brasil e no exterior, de produzir matérias (notícias, reportagens) sob encomenda, sem explicitar essa condição, na tentativa de burlar a vigilância da audiência (leitores, radiouvintes, telespectadores e internautas).
Na prática, ele constitui uma maneira refinada de produzir fake news porque estas reportagens, veiculadas por jornais, revistas, emissoras de rádio e TV, portais ou blogs, são fruto de um “acerto editorial”, sem compromisso com a realidade dos fatos. Elas têm como objetivo fazer propaganda de produtos, serviços, marcas e de criar uma imagem favorável para organizações e governos.

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Você Sabia?
 
  Covid-19 mata mais de um jornalista por dia na América Latina

A pandemia não tem poupado os jornalistas na América Latina. Segundo a Press Emblem Campaign (PEC), organização sediada na Suíça, desde o registro da primeira morte, há um ano, até a metade de março de 2021, só na América Latina, 505 jornalistas perderam a vida para a Covid-19, o que representa uma média de 1,44 mortes por dia. Esse levantamento engloba 18 países da região, sendo que três deles lideram o ranking de mortes pelo novo coronavírus: Peru (135), Brasil (113) e México (89). O Equador (42) e a Colômbia (38), dois outros países latino-americanos, também contabilizam elevado número de mortes, integrando o conjunto dos 10 países onde acontece o maior número de óbitos de profissionais de imprensa em todo o mundo. No Brasil, segundo a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), só apenas em janeiro deste ano 25 jornalistas perderam a vida pela ação agressiva do vírus e este triste recorde, com certeza, será superado neste fatídico mês de março de 2021.
Atuando na linha de frente, os jornalistas têm se exposto dramaticamente durante a pandemia: o mesmo levantamento da PEC, para 70 países, constatou a morte de 908 colegas em um ano. Infelizmente, nem todas as empresas de comunicação estão atentas a este fato, o que agrava a situação dos jornalistas.

Confira
 
A falta de transparência da política ambiental no Brasil

A política ambiental em nosso país, em tempos tristes que se caracterizam pela “boiada que passa”, tem sofrido um enorme retrocesso, com a redução significativa da transparência das informações e da participação social.
Estudo realizado pela Imaflora e pelo Instituto Socioambiental, duas importantes organizações da sociedade civil, comprovou este fato ao comparar os períodos de 2017-2018 e 2019-2020. No que diz respeito à transparência pública, ele revelou problemas como: “alterações nos protocolos de comunicação dos órgãos ambientais, ameaças a servidores, elevação do sigilo de documentos públicos, apagões em bases de dados ambientais e deslegitimação de órgãos públicos responsáveis pela produção de dados ambientais”.
As respostas a pedidos de informação via Lei de Acesso de Informação explicitam um resultado preocupante: dos 321 pedidos encaminhados a órgãos federais, apenas 15,5% voltaram com resultados satisfatórios no período de 2019 a 2020, contra 76,9% no período anterior.
A participação social também foi duramente penalizada: com o “desmonte da estrutura participativa da sociedade desde os primeiros meses de 2019. Os retrocessos incluem a extinção de colegiados voltados à inclusão da sociedade civil na tomada de decisão e a redefinição de regras que reduzem sua representação e dificultam sua atuação.” Em resumo, “de 22 colegiados nacionais associados às políticas socioambientais levantados no estudo, mais da metade foi diretamente impactada por extinções ou reestruturações, enquanto apenas 9 se mantiveram inalterados.”
Estes dois fatores – falta de transparência das informações e redução da participação social – evidenciam o caos na política ambiental brasileira e apontam para problemas gravíssimos no presente e no futuro.

Leia
 
As mulheres sofrem muito mais com a pandemia

Estudo realizado em 2020, durante os meses de maio e junho de 2020, pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), chegou a dados surpreendentes sobre o impacto da pandemia na saúde dos brasileiros. Depois de ouvir mais de três mil voluntários (homens e mulheres) de 26 estados e do Distrito Federal, o estudo revelou que a pandemia causou inúmeros problemas psíquicos e comportamentais para um número significativo de pessoas no Brasil. Dentre os sintomas apontados pelos entrevistados, estão a depressão, a ansiedade, o estresse, além de maior consumo de drogas ilícitas, cigarros, medicamentos e de alimentos.
As mulheres foram as mais afetadas emocionalmente, sendo responsáveis por 40,5% de sintomas de depressão, 34,9% de ansiedade e 37,3% de estresse.
Embora o estudo não tenha chegado a conclusões definitivas sobre os motivos que levaram as mulheres a liderar o “ranking de sofrimento” durante a pandemia, os pesquisadores, baseados na literatura médica, estão convictos de que as condições sociais em que elas vivem contribuem para isso. “Elas cumprem dupla jornada, acompanham o desenvolvimento escolar dos filhos e, na pandemia, mais pessoas permaneceram dentro de casa, além das preocupações relacionadas ao próprio vírus (iminência de contaminação, necessidade de mudanças de hábitos de higiene, redução de convívio social, familiares adoecidos, etc.)”
Com a piora da pandemia este ano, certamente o sofrimento psíquico das mulheres, e de todos nós, tende a ser maior, o que evidencia a necessidade urgente de medidas preventivas e de ações competente do Governo para reduzir o impacto brutal sobre as famílias brasileiras. Infelizmente, como temos visto, não é isso que acontece.

Dados do estudo
 
Comtexto Comunicação e Pesquisa em ação

Cursos de Jornalismo Especializado a distância: desconto imperdível

 

O portal Comunicação a Distância (www.comunicacaoadistancia.com.br) estará com uma promoção imperdível durante o mês de abril: desconto especial (20%) nas inscrições para os seus cursos na área de Jornalismo Especializado. O desconto vale para os cursos de Jornalismo Científico; Jornalismo Ambiental; Comunicação, Jornalismo e Saúde e Jornalismo Especializado. Para ter direito a ele, os interessados devem aplicar, no carrinho de compras, no momento da inscrição, o cupom descontoespecial. Os cursos na área de Jornalismo Especializado têm uma carga horária de 60 horas/aula, oferecem certificado ao final, e estão sob a responsabilidade de Wilson da Costa Bueno, professor sênior da USP. Maiores informações podem ser obtidas pelo e-mail professor@comtexto.com.br

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Comtexto Comunicação e Pesquisa dará assessoramento técnico para construção da Política de Comunicação do IFNMG

 

O Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) dará início, no segundo trimestre de 2021, o processo de elaboração de sua Política de Comunicação, que visa trazer diretrizes, ações e estratégias para o seu relacionamento com os públicos estratégicos. Este trabalho contará com a assessoria técnica da Comtexto Comunicação e Pesquisa que já coordenou processos similares em outros Institutos Federais, universidades públicas (estaduais ou federais), empresas e organizações brasileiras. Se sua empresa ou organização cogita também elaborar a sua Política de Comunicação, instrumento estratégico de gestão, fique à vontade para consultar-nos pelo e-mail professor@comtexto.com.br.

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Clicando e aprendendo
 
  Conheça a ABCPública e defenda a comunicação pública brasileira

A ABCPública (Associação Brasileira de Comunicação Pública), fundada em 2016, reúne e representa os comunicadores da área pública-governamental e do terceiro setor e se define como um “um espaço de reflexão, análise e debates sobre os desafios desse setor nas diversas instâncias (Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público) e esferas (federal, estadual e municipal).”
Dentre os seus objetos, destacam-se “a promoção da comunicação pública, com atenção à sua prática, ensino e pesquisa; o fortalecimento da compreensão e do papel da comunicação pública como instrumento de afirmação da democracia, da cidadania e da eficiência do setor público.”
Ela tem contribuído, decisivamente, para a formação de profissionais qualificados e éticos para intermediar a relação entre o Estado e a sociedade, e para fazer circular informações (estudos, pesquisas, cases) de interesse dos comunicadores que atuam nesta área.
O site da ABCPública reúne informações valiosas e merece ser incluído entre os favoritos dos colegas de comunicação.

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Projeto Brumadinho da UFMG lança canal no YouTube

O Projeto Brumadinho – UFMG (Processo de Avaliação das Necessidades Pós-Desastre do colapso da Barragem da Mina Córrego do Feijão) foi concebido para acompanhar os impactos pessoais, sociais, ambientais, econômicos e em patrimônios, em especial na Bacia do Rio Paraopeba, em Minas Gerais, do rompimento da barragem em 25 de janeiro de 2019. O projeto envolve 400 pesquisadores e constitui uma cooperação inédita no país com o Poder Judiciário.
Recentemente, o Projeto Brumadinho UFMG estreou o seu canal no YouTube, de modo a abrigar os vídeos que anteriormente eram veiculados apenas no seu portal.
Segundo material divulgado pelo Projeto,” o canal busca ampliar a visibilidade das pesquisas científicas desenvolvidas para identificar e avaliar os impactos decorrentes do rompimento da Barragem I da Mina Córrego do Feijão, pertencente à mineradora Vale” e prevê a publicação periódica de conteúdo, com a apresentação dos pesquisadores que integram os subprojetos, as metodologias utilizadas, o trabalho em campo e os objetivos de cada estudo. Os vídeos poderão ser assistidos, também, com legenda em inglês.”

Veja o vídeo
 
Fiocruz lança Política de Divulgação Científica

A Fiocruz, protagonista fundamental do processo de defesa e afirmação da ciência durante a pandemia, lançou, recentemente, a sua Política de Divulgação Científica, com o objetivo de “fortalecer os laços entre a ciência e o cidadão, por meio da informação e do engajamento do público no debate político da ciência e das questões científicas. Ela busca contribuir para o cumprimento de seus objetivos estratégicos, em especial os compromissos com a sociedade, o fortalecimento do SUS e de ciência e tecnologia como políticas de Estado.”
Segundo comunicado distribuído pela Fiocruz, “a nova política busca estabelecer princípios, diretrizes, orientações e responsabilidades na construção de uma divulgação científica democrática, dialógica, aberta e participativa, que reconhece a especificidade do campo da saúde, de modo a contribuir para o cumprimento da missão da instituição e para seus objetivos estratégicos, sobretudo os compromissos com a sociedade, o fortalecimento do SUS e de ciência e tecnologia como políticas de Estado. Ela está baseada em cinco princípios que devem estruturar as práticas do campo na instituição: Ciência e democracia; Ciência como parte integrante dos direitos humanos; Ciência e desenvolvimento sustentável; Solidariedade como princípio de funcionamento da ciência; e Diálogo e compartilhamento do conhecimento.
“Trata-se de uma iniciativa pioneira que deveria ser seguido pelos demais centros produtores de conhecimento em nosso país. O documento está disponível para consulta a todos profissionais e gestores comprometidos com a luta contra a desinformação e o negacionismo.

 

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Pensando a Comunicação fora da caixa é uma newsletter da Comtexto Comunicação e Pesquisa, empresa de consultoria nas áreas de Comunicação Organizacional/Empresarial e Jornalismo Especializado.
Editor: Wilson da Costa Bueno 
E-mail para contato: wilson@comtexto.com.br

As informações podem ser reproduzidas livremente, mas solicita-se que, caso isso ocorra, a fonte seja citada.
 
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