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Ano 5 – No 58 – Setembro 2023
Pensando a Comunicação fora da Caixa
 
Fala, professor!
  Gestão de crise: a UNISA não fez a lição de casa. Deu ruim.

Todas as organizações, sejam elas de qualquer porte ou setor, estão sujeitas a enfrentar crises institucionais, por vários motivos, inclusive aquela pelas quais não são responsáveis. Centenas de empresas localizadas em municípios gaúchos, para só citar um caso recentíssimo, sofreram danos incalculáveis, algumas se tornaram até inviáveis, em razão do ciclone extratropical que devastou o Vale do Taquari. Está óbvio que elas não tiveram culpa alguma e que foram vítimas de um terrível acidente climático.
É possível, no entanto, admitir que a maioria das crises institucionais pode ser prevista e, que, portanto, se existirem sistemas competentes de gestão de riscos e de prevenção, as organizações terão, em tese, condições de evitar ou mitigar os danos delas decorrentes.
O caso da UNISA, envolvida recentemente, em grave crise institucional, pela ação irresponsável de um grupo de alunos do curso de Medicina, é emblemático. Embora o episódio tenha ocorrido há alguns meses, durante a realização dos Jogos Universitários no primeiro semestre de 2023 (veja detalhes do caso no link ao final do artigo), só se transformou, recentemente, em um escândalo midiático, depois que os “futuros médicos” resolveram publicar vídeos sobre a sua atitude cafajeste nas mídias sociais. A divulgação do material causou um tremendo impacto na opinião pública, e particularmente junto a órgãos do Governo (ministérios, em especial, como o das Mulheres e o da Educação).

 

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Você Sabia?
 
  As roupas eletrônicas estão aí. Salve a pesquisa nacional!

A pesquisa brasileira, embora ainda não mereça a atenção devida dos nossos governantes e tenha experimentado um boicote formidável na gestão do ex-presidente Bolsonaro, continua produzindo conquistas, mercê da dedicação e da competência de nossos pesquisadores e da excelência dos nossos centros produtores de ciência, tecnologia e inovação. Uma das novidades que prometem invadir e conquistar o mercado são as roupas eletrônicas, ou seja, dispositivos que compõem a chamada eletrônica vestível. Eles desempenham inúmeras funções relevantes, além de integrarem o vestuário dos cidadãos. Já dispomos de um número importante de pesquisas e produtos com essas características e há previsão de que, em curto espaço de tempo, estas surpreendentes inovações chegarão ao mercado.
Uma excelente reportagem publicada pela Revista Pesquisa Fapesp descreve alguns destes projetos em curso e anotamos aqui algumas destas novidades reveladas pela jornalista Sarah Schmidt:
1) Uma bolsa de praia com uma bateria e uma antena bluetooth que pode se conectar ao celular e reproduzir música em um alto-falante embutido na bolsa.
2) Uma película flexível de nanografite combinado com silicone com propriedades condutoras, usada na palmilha de uma bota, com a qual se pretende aquecer os pés de quem trabalha sob temperaturas baixas, como em frigoríficos.
3) Jaqueta da Levi’s com bolso para celular, controlado por sinais enviados por um dispositivo removível colocado no punho Há outras coisas incríveis citadas na reportagem e que prometem nos remeter a cenário futurista de verdade nos próximos anos. Vamos conferir e aproveitar.

Leia a Reportagem:
 
O impacto terrível das espécies invasoras na saúde e no meio ambiente

Provavelmente você já leu ou ouviu em algum lugar a expressão “espécies exóticas” e talvez não tenha se dado conta, com precisão, dos problemas que elas podem causar ao meio ambiente e, o que é pior, à nossa saúde. As espécies invasoras podem ser plantas, insetos ou animais que, quando fora do seu habitat natural, se transformam em predadores de alto impacto. Já temos conhecimento do estrago causado pelo mexilhão dourado, que, dentre muitos problemas, costuma prejudicar o sistema de operação das usinas hidroelétricas porque têm a perigosa mania de se incrustarem nos sistemas de refrigeração. Podemos também nos referirmos ao mosquito Aedes aegypti, introduzido na América do Sul no período colonial, e que representa uma ameaça permanente à saúde pública, responsável por transmitir os agentes causadores da dengue, da zika e de outras doenças.
Uma apresentação ampla e objetiva dos problemas provocadas pelas espécies exóticas consta no relatório no relatório da Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (Ipbes), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado neste mês de setembro.
Conforme mencionado na reportagem de Maria Guimarães, publicada na revista Pesquisa Fapesp, “as atividades humanas causaram a disseminação pelo mundo de mais de 37 mil espécies de plantas, animais e microrganismos, com papel central em 60% das extinções globais” e apenas em 2019, o impacto econômico das espécies invasoras ultrapassou US$ 423 bilhões anuais, cerca de R$ 2 trilhões.”
As espécies invasoras devem merecer, segundo os especialistas que elaboraram o relatório, ações competentes e regulares de prevenção, erradicação e mesmo de contenção, quando não for possível destruí-las por completo.

 

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Os idosos brasileiros se sentem solitários e estão depressivos

O Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros, realizado pela Unicamp junto a quase 8.000 brasileiras e brasileiros com 50 anos ou mais, concluiu que mais de um terço dos adultos evidenciam sintomas depressivos e que 16% deles também confessam que se sentem solitários.
A pesquisa comprovou que a solidão é mais um problema das mulheres do que dos homens e que pode ser atribuída às sensações de má qualidade do sono, ao fato de morarem sozinhas e, além disso, se autoavaliarem como doentes. O médico e pesquisador Sandy Júnior, analisando os dados, distingue solidão de isolamento social. Solidão, segundo ele, solidão “é definida como um sentimento negativo e doloroso, geralmente subjetivo, que acontece quando a pessoa espera receber mais das suas relações sociais e recebe menos, gerando uma insatisfação e o sentimento de solidão. É diferente do isolamento social, que é algo mais objetivo, que conseguimos medir via indicadores, tais como viver sozinho, manter contatos sociais pouco frequentes, ter baixos níveis de atividade social ou de interações com outras pessoas.” Ele ressalta a importância da relação entre solidão e depressão e julga que essa condição ocorre especialmente por causa do “envelhecimento da população e do aumento da expectativa de vida”.
Para Sany Júnior, é preciso olhar com atenção os resultados da pesquisa e incentivar, junto aos idosos “comportamentos promotores de saúde – como praticar atividades físicas, manter atividades sociais e de lazer, ter uma alimentação saudável, não fumar e não beber.”
O estudo certamente pode servir de subsídio para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o bem-estar dos nossos idosos. Cabe não apenas à comunidade científica cobrar ações concretas dos governantes: é dever de toda a sociedade, comprometida com a saúde dos cidadãos brasileiros, zelar pela saúde das nossas “ velhinhas” e “velhinhos”.


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Comtexto Comunicação e Pesquisa em ação

Os grupos de pesquisa em Jornalismo e Comunicação Ambiental no Brasil

 

O diretor da Comtexto, Wilson da Costa Bueno, professor sênior da ECA/USP, líder do grupo de pesquisa JORCOM – O Jornalismo na Comunicação Organizacional, está realizando pesquisa abrangente sobre os grupos de pesquisa em Jornalismo e Comunicação Ambiental no Brasil, que reúne um conjunto significativo de dados sobre a investigação nesse campo. O trabalho deverá estar concluído no último trimestre deste ano e será amplamente divulgado para os interessados. A pesquisa identificou 19 grupos no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, na área de predominante de Comunicação, e levantou, em detalhes, a composição dos grupos, o perfil e a produção de seus líderes, bem como a natureza das instituições aos quais estão associados, os vínculos com Redes de Pesquisa, dentre outros tópicos. Em tempo de acidentes climáticos terríveis, é fundamental valorizar o estudo, o ensino, a pesquisa e a prática do Jornalismo Ambiental.

 

 

Comtexto dá suporte aos planos de implementação de Políticas de Comunicação

 

A Comtexto Comunicação e Pesquisa presta, há algumas décadas, consultoria para empresas, instituições públicas e privadas (universidades, institutos de pesquisa, institutos federais) para o desenvolvimento de Políticas de Comunicação, com cerca de 15 trabalhos de porte incluídos no seu portfólio. A partir deste ano, está oferecendo também consultoria para o desenvolvimento de Planos de Implementação da Política de Comunicação, contribuindo para que esse instrumento estratégico seja efetivamente colocado em prática. Se sua organização já dispõe de uma Política de Comunicação e precisa de uma parceria para implementá-la contate-nos pelo e-mail: comtexto@comtexto.com.br ou acesse diretamente o responsável por estes projetos pelo WhatsApp 11953406948 ou e-mail: professor@comtexto.com.br.

 
Clicando e aprendendo
 
  Biblioteca de textos da ABCPública supera os mil registros disponíveis

A ABCPública, entidade que congrega os profissionais, estudiosos e pesquisadores comprometidos com a qualidade da comunicação pública em nosso país, está comemorando, e todos nós também, a conquista de uma marca significativa: o acervo da Biblioteca digital atingiu, em agosto de 2023, mais de mil textos.
Esta conquista se deve à contribuição dos pesquisadores da área e à inclusão recente de quase três centenas de artigos e trabalhos apresentados em eventos, a partir de levantamento realizado pela pesquisadora Michele Goulart Massuchin e equipe, da Universidade Federal do Paraná.
O acervo da ABCPública reúne artigos, monografias, dissertações, teses, relatórios, livros e capítulos de autores nacionais e internacionais, além de publicações da própria Associação.
Torne-se sócio da ABCPública e contribua para fortalecer a comunicação pública brasileira.

 

Acesso à biblioteca da ABCPública:
 
USP atualiza Guia de Identidade Visual para fortalecer sua marca

As organizações modernas estão sensibilizadas para a importância de construir e fortalecer a sua marca institucional, com impacto positivo na sua imagem e reputação.
Ciente desse fato e preocupada com a “variação exagerada em sua linguagem gráfica”, derivada da divulgação intensa de material produzido pela USP e veiculado em diversos canais, a universidade acaba de instituir o Guia de Identidade Visual da USP, que contém os parâmetros normativos para o uso da marca e do brasão da Universidade. Segundo portaria da Reitoria, “as orientações devem ser seguidas pelas Pró-Reitorias, Superintendências e demais instâncias da Administração Central, que têm 180 dias para se adequar aos novos critérios e normas gerais de aplicação da marca da USP.”
O guia está disponível on-line e será atualizado sempre que necessário. A Reitoria da USP explica que “os parâmetros não são obrigatórios para as Unidades de Ensino, Museus e Institutos Especializados, que podem utilizar as normas gerais do Guia de Identidade Visual como sugestões para a confecção de seus materiais, sem a necessidade de abandonar logotipos próprios.”

 

Guia de Identidade Visual da USP:
 
Olá, senadores. Calma aí. Nosso sangue não é mercadoria!

O Congresso brasileiro, volta e meia (e olha que ele dá muitas voltas!), se coloca à mercê de lobbies poderosos e toma medidas para favorecer grupos em detrimento do interesse público. É o que parece que ele pretende, neste momento, com a tramitação de um projeto no Senado que visa permitir a comercialização de sangue e hemoderivados. Essa intenção vem de longa data e, em 1988, portanto há 35 anos, o saudoso Betinho, o sociólogo Herbert de Souza, bradava na tribuna do Congresso contra esta tentativa que, felizmente, naquela época, não vingou. Como a maioria decidiu pela proibição da comercialização de órgãos e tecidos humanos, incluindo o sangue e hemoderivados, imaginávamos que essa questão estava superada, mas os nossos parlamentares costumam ressuscitar propostas sem sentido. Agora, o Senado Federal resolveu propor a chamada PEC do Plasma, Projeto de Emenda Constitucional 10/2022, que, se aprovada, em seu artigo 5º , abre a possibilidade de a iniciativa privada colocar a mão em um direito que hoje é exclusivo do Estado, com a gestão pelo SUS, Sistema Único de Saúde. Esperamos que os doutos senadores rejeitem essa proposta e, de uma vez por todas, impeçam que o sangue dos brasileiros se torne propriedade de empresas que, como de costume, estão mais interessadas em aumentar as suas receitas do que em preservar os direitos dos cidadãos. Como informa a reportagem do portal Outras Palavras, estamos nos referindo a um negócio que movimenta cerca de 10 bilhões de reais por ano, o que, por isso mesmo, inspira empresas gananciosas e parlamentas mal informados ou mal intencionados. Devemos estar vigilantes a mais essa investida não cidadã e colocarmos a boca no trombone: Tira a mão daí: esse sangue é nosso!

 

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Pensando a Comunicação fora da caixa é uma newsletter da Comtexto Comunicação e Pesquisa, empresa de consultoria nas áreas de Comunicação Organizacional/Empresarial e Jornalismo Especializado.
Editor: Wilson da Costa Bueno 
E-mail para contato: wilson@comtexto.com.br

As informações podem ser reproduzidas livremente, mas solicita-se que, caso isso ocorra, a fonte seja citada.
 
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