Ano 1 – No 13 – Setembro 2019
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Fala, professor! |
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Na comunicação das universidades,
a ciência não aparece bem na fita |
Desde longa data, estamos repetindo uma verdade incontestável: as universidades brasileiras, responsáveis pela maioria esmagadora da produção científica em nosso país, não têm feito esforço adequado para divulgar os resultados de suas pesquisas junto aos cidadãos. Com isso, sua contribuição valiosa para a ciência, tecnologia e inovação acaba não sendo reconhecida pela sociedade, ao mesmo tempo em que, com essa atitude, elas comprometem o processo de democratização do conhecimento científico. No caso das universidades públicas, não há justificativa para a não prestação de contas sobre os investimentos em pesquisa, e há um risco inerente a esta omissão imperdoável: aumentar a má vontade de autoridades em relação às instituições oficiais que produzem conhecimento, o que, neste momento, é bastante evidente. |
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Você Sabia? |
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O bullying corporativo precisa ser repudiado. Sempre |
As empresas brasileiras têm se empenhado nos últimos anos na redução dos processos internos de discriminação que penalizam os seus empregados e o clima organizacional, certamente em função da mobilização maior da sociedade civil e da Justiça. Isso não significa que eles não mais aconteçam ou que estão limitados, por exemplo, a questões de gênero.
Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), ao mesmo tempo que comprova que programas de diversidade e inclusão têm sido gradativamente implantados nas organizações, identifica situações reais de discriminação, notadamente relacionadas com idade e peso, ou seja. pessoas mais velhas e mais gordinhas muitas vezes são objeto de comentários maldosos de seus colegas.
Estes processos, denominados de bullying corporativo, no entanto, têm crescido sobretudo em função da orientação política (55% dos casos), o que apenas reforça o atual momento, caracterizado pela intolerância e a polarização que são patentes em particular nas manifestações presentes nas mídias sociais.
Dentre os profissionais que participaram da pesquisa, há quem tenha, inclusive, pensado em deixar a empresa em que trabalha “por se sentir isolado ou indesejado (65%); por se sentir pressionado a mudar características pessoais para enquadrar aos padrões da empresa (58%) e que tenha que trabalhar mais que os outros para ser valorizado igualmente (58%). Muitos julgam que as lideranças falham ao não se esforçarem para que os funcionários reconheçam “preconceitos que levam à discriminação ou exclusão no local de trabalho (52%), e não agrupando colaboradores com diferentes características de diversidade para trabalharem juntos (45%).”
O bullying corporativo precisa ser combatido com rigor e deve ser denunciado tanto por aqueles que são vítimas desta “doença organizacional” como por aqueles que o presenciam nas organizações nas quais trabalham. A omissão e o silêncio impedem que as empresas deem um fim a estas situações, inaceitáveis em pleno século XXI. |
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Ciência para todos: o compromisso da Fapesp com a democratização do conhecimento científico |
A Fapesp (Fundação Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), em parceria com o Canal Futura, lançou em agosto a série Ciência para todos, com o objetivo de evidenciar os impactos sociais e econômicos de pesquisas científicas e tecnológicas por ela financiadas. A série tem 52 episódios, cada um deles com cerca de 13 minutos de duração, e que podem ser vistos também em www.futuraplay.org/serie/ciencia-para-todos.
Trata-se de uma iniciativa que merece ser saudada e que está alinhada com a proposta da Fapesp de democratizar o conhecimento científico, o que também acontece pelo trabalho competente da Agência de Notícias Fapesp e da revista Pesquisa Fapesp que ela edita (https://revistapesquisa.fapesp.br/). |
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Médicos são fontes tão confiáveis quanto os cientistas. Você concorda com isso? |
O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) divulgou a pesquisa Percepção Pública da Ciência 2019, que traz um conjunto significativo de resultados para lá de interessantes. Foram entrevistadas 2.200 pessoas, com idade superior a 16 anos, de todas as regiões do país. Embora este espaço não permita reproduzir todos esses resultados, vamos destacar aqui pelo menos alguns e convidar todos os nossos leitores para a consulta ao documento integral (vide link ao final).
Vamos lá:
a) Para 73% dos entrevistados, a ciência e a tecnologia trazem só benefícios ou mais benefícios do que malefícios, o que significa que a percepção sobre elas é bastante positiva;
b) Os cientistas são vistos (por 41%) como “pessoas inteligentes que fazem coisas úteis à humanidade” e, em relação a pesquisas anteriores, diminuiu a porcentagem daqueles que os acham excêntricos e de fala complicada”;
c) Dentre as fontes confiáveis, as que mereceram maior Índice de Confiança foram os médicos (0,85) e os cientistas de universidades e institutos de pesquisa (0,84). Os religiosos tiveram índice maior (0,41) do que os jornalistas (0,36). Mal situados ficaram os militares (-0,30), os artistas (-0,84) e os políticos (-0,96), todos com Índice de Confiança negativo.
Ficou curioso (a) em saber mais sobre a pesquisa? |
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