Ano 1 – No 2 – Março 2019
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Fala, professor! |
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Comunicação, Governança Corporativa e Responsabilidade Social |
O discurso empresarial costuma com muita rapidez incorporar novos termos e, muitas vezes por descuido ou má intenção, distorce o conceito a que eles se referem. Essa situação é recorrente na Comunicação Empresarial, onde expressões como Comunicação Estratégica, Comunicação Integrada e mesmo (ou sobretudo) Responsabilidade Social foram se descolando da realidade para, num determinado momento, dizer quase tudo e significar coisa alguma. |
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Você Sabia? |
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Marielle Franco continua presente também na Academia |
Pouca gente conhece a contribuição acadêmica de Marielle Franco e muitos inclusive nem imaginam que ela teve passagem exitosa por uma das mais prestigiadas universidades brasileiras. A vereadora, tragicamente assassinada há pouco mais de um ano, defendeu, em 2014, o seu mestrado na UFF- Universidade Federal Fluminense com o título UPP – A redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. Na dissertação, Marielle demonstrava que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPS), na prática, funcionavam apenas como maquiagem de políticas de segurança pública que, “pelo discurso da "insegurança social", legitimam o processo de repressão e controle dos pobres. “A marca mais emblemática deste quadro é o cerco militarista nas favelas e o processo crescente de encarceramento, no seu sentido mais amplo. As UPPs tornam-se uma política que fortalece o Estado Penal com o objetivo de conter os insatisfeitos ou "excluídos" do processo, formados por uma quantidade significativa de pobres, cada vez mais colocados nos guetos das cidades e nas prisões.” No link abaixo, você poderá acessar e conhecer a versão integral da dissertação de Marielle Franco. |
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A maioria das mulheres já sofreu preconceito de gênero no trabalho |
Segundo pesquisa realizada pela Yoctoo, consultoria de recrutamento especializada na seleção de profissionais de TI e digital, junto a mulheres que fazem parte de sua base de dados, 82,8% delas viveram ou esperam vivenciar preconceito de gênero dentro do seu ambiente de trabalho. A porcentagem é um pouco menor no ambiente escolar (universidade ou cursos de tecnologia), mas ainda preocupante: 61,8% das respondentes foram alvo deste preconceito. Para 42% das mulheres entrevistadas, o maior desafio é ter que provar a todo tempo que são tecnicamente competentes; 40% delas afirmam que não são respeitadas por seus pares, superiores e subordinados do gênero masculino, e até mesmo por outras mulheres. Uma boa notícia: elas acreditam que a situação tende a melhorar, ainda que de forma mais lenta do que seria razoável esperar. |
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Influenciadores infantis, a nova jogada das grandes marcas para avançar sobre as nossas crianças |
As crianças, em todo o mundo, terão cada vez menos sossego. Apoiadas em uma estratégia ardilosa e condenável, grandes anunciantes estão utilizando influenciadores mirins para “fazerem a cabeça” das crianças, estimulando-as a para o consumo não consciente. Esse fenômeno tem sido reportado sobretudo nos Estados (mas marcas globais têm sempre estratégias globais!) a partir de uma engenhosa e nociva burla à legislação. Reportagem publicada pelo The New York Times, e reproduzida aqui pelo jornal O Estado de S. Paulo, descreve a jogada nociva das grandes marcas: como as crianças menores de 13 anos não podem aparecer, elas próprias, em algumas mídias sociais, por conta de uma restrição da legislação federal americana, elas estão sendo inseridas nos perfis de seus pais que, valendo-se de seus filhos como influenciadores infantis, faturam milhares de dólares. É mesmo para assustar. Estas marcas, é lógico, continuam se proclamando socialmente responsáveis enquanto avançam ferozmente sobre as crianças. Já os papais ganham dinheiro com os seus filhos enquanto enganam os filhos dos outros. Lamentável tudo isso. |
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