Ano 3 – No 34 – Maio 2021
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Fala, professor! |
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A importância do diálogo entre as múltiplas
competências em Comunicação Organizacional |
Houve um tempo em que as tensões entre algumas competências que caracterizam a Comunicação Organizacional eram frequentes, derivadas sobretudo do corporativismo que vigorava (e ainda se mantém), por exemplo, nas áreas de Jornalismo e de Relações Públicas.
Apoiados nos textos da regulamentação profissional destas áreas (elaborados nos tempos obscuros da ditadura), Conselhos Regionais de Relações Públicas e Sindicatos dos Jornalistas buscavam, a todo custo, garantir espaços de atuação exclusiva para os seus associados, o que, invariavelmente, gerava embates acalorados.
Pouco a pouco, com a profissionalização das estruturas de comunicação nas empresas e organizações em geral, notadamente nos grandes centros, esta tensão se reduziu, embora, aqui e acolá, ela continue a se manifestar.
O número crescente de profissionais formados em comunicação e o enxugamento das estruturas, especialmente em momentos de crise, como o que atravessamos agora, tornaram a concorrência mais acirrada e, volta e meia, observamos o processo conhecido como “fogo amigo” provocando tensões no mercado. |
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Você Sabia? |
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Os ataques on-line contra as mulheres jornalistas |
Estudo realizado pela Unesco, conduzido pelo International Center for Journalists (ICFJ), junto a 900 mulheres jornalistas, de 125 países, revelou que elas têm sofrido assédio on-line em virtude de seu trabalho, e que essas agressões representam “ameaças misóginas e assédio nas redes sociais e a violação da privacidade e segurança digital que aumenta os riscos físicos relacionados à violência sexual conectados.”
Segundo o estudo, “a maioria das jornalistas contatados disse ter recebido ataques baseados em desinformação que buscavam desacreditá-las pessoal e profissionalmente. Especialmente na América Latina, África, Ásia e países árabes, os ataques eram narrativas falsas de orientação sexual.”
Pelos dados levantados, chegou-se também à conclusão de que a violência on-line se concretiza também no mundo real e que o discurso misógino e de ódio se volta, com maior intensidade, contra mulheres indígenas e negras. O estudo menciona inúmeros casos, ocorridos em todo o mundo, com destaque para as ofensas à jornalista Patrícia Campos Mello pelo presidente Jair Bolsonaro, que, em suas reportagens, denunciou a onda de desinformação que contaminou as últimas eleições presidenciais de 2018. |
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O respeito à biodiversidade pode salvar nossas vidas |
Se você acredita que a extinção de aves e animais e o desmatamento das florestas nada afeta a sua saúde, é melhor rever os seus conceitos. Como a pandemia da Covid-19 demonstrou, a invasão predadora do ser humano em determinados habitats tem a capacidade de provocar surtos globais de doenças, responsáveis por milhões de mortes. A ameaça à biodiversidade é enorme e real. Especialistas estimam, por exemplo, que cerca de um milhão de espécies animais e vegetais corre, atualmente, risco de extinção. Fatores importantes, como o incremento da agropecuária, a expansão das áreas urbanas, a poluição e a produção de energia de forma não sustentável, contribuem, de forma dramática, para a perda da biodiversidade.
O Brasil, que tem reconhecidamente a maior biodiversidade do planeta, sofre com as agressões recorrentes derivadas da ação humana, o que certamente contribui para ampliar as ameaças à saúde e à economia, penalizando em especial as populações mais vulneráveis. É preciso reverter este cenário imediatamente e, para isso, políticas públicas competentes devem contemplar diretrizes e ações concretas que reduzam ou eliminem as ameaças à nossa biodiversidade. Certamente, como sabemos, não é fazendo “passar a boiada” que conseguiremos proteger a biodiversidade brasileira e a nossa saúde.
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O impacto das plataformas digitais no jornalismo |
A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) acaba de lançar o e-book “O impacto das plataformas digitais no jornalismo”, que reúne inúmeros artigos que têm como foco o “impacto político, econômico e cultural das mega corporações mundiais da internet no ecossistema jornalístico brasileiro.”
A publicação alerta para o domínio da internet por poderosas corporações, como o Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft , o que tem contribuído para “limitar o alcance e a qualidade da informação consumida pela maioria das pessoas na rede mundial de computadores”.
Além do prejuízo causado à qualidade da informação jornalística por este modelo de distribuição de conteúdos, a migração para o mundo digital tem provocado o deslocamento gradativo dos investimentos do mercado publicitário da mídia impressa para a mídia digital, com o fechamento sucessivo de jornais e revistas.
A Fenaj defende o financiamento público para a produção de informação jornalística de qualidade e pede a taxação das grandes plataformas digitais “visando a constituição de um fundo para fortalecimento do jornalismo e pela valorização das e dos jornalistas”. Somos totalmente a favor desta proposta.
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