Ano 3 – No 37 – Agosto 2021
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Fala, professor! |
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A comunicação pública constrói
pontes e desafia rupturas institucionais |
A pandemia tem provocado mudanças significativas nas práticas que tradicionalmente caracterizam a comunicação organizacional, tornando intensivo o uso de plataformas digitais, legitimando a ampliação do home office, de que decorre o prejuízo inevitável ao processo de comunicação face-a-face, em função do distanciamento social ainda necessário.
As novas formas de gestão têm, neste momento, contribuído, em muitos casos, para o estresse no clima organizacional, motivado pelo receio de contaminação pelo vírus e a desestruturação do mercado, com a consequente derrocada de empresas e a redução de postos de trabalho.
A comunicação pública em particular, em tempos de negacionismo e mesmo de restrições à atividade de comunicação em nosso país, enfrenta inúmeros desafios, mas tem conseguido resistir bravamente e desenvolver iniciativas recompensadoras. Podemos destacar, por exemplo, a elaboração, mesmo durante a pandemia, de Políticas de Comunicação por parte de um número expressivo de instituições públicas, em especial institutos e universidades federais, bem como o protagonismo de institutos de pesquisa no relacionamento com a sociedade, como a Fiocruz, o Butantan, o IPEA, o INPE, para só citar alguns casos. |
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Você Sabia? |
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Você já comeu carne cultivada? Já ouviu falar em proteína de mosca? |
Os especialistas e o mercado não têm dúvida: mudanças importantes, que já vem acontecendo no consumo de proteínas animais vão se consolidar nos próximos anos. No começo, comíamos apenas a carne natural, derivada de animais e peixes, mas, na década passada, fomos estimulados para experimentar as chamadas “carnes vegetais”, como hambúrgueres de soja ecom extratos de ervilha, cenoura, beterraba, dentre outros. Agora, a mudança é ainda mais radical: os cientistas estão colocando à disposição do mercado a chamada “carne cultivada”, ou seja, criada em laboratório.
Inúmeras startups, inclusive, têm focado nesse nicho de mercado, legitimando experiências pioneiras com a utilização de células-tronco de vacas, galinhas, porcos e peixes, enriquecidas com um montão de nutrientes, como açúcares, vitaminas e tudo que puder. Já se pesquisa até o uso de proteína de uma determinada mosca na ração animal. Pois é, não adianta ficar surpreso (a) porque se cogita inclusive produzir proteínas a partir do ar. Isso mesmo. Fique atento. O mundo não será como antes.
O Globo, de 14/08/2021, publicou reportagem, intitulada “Debaixo desse angu tem “carne cultivada””, que relata e detalha estas novidades. Você pode também obter mais informações sobre esses novos “produtos” clicando no link abaixo. |
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A pandemia e o desequilíbrio emocional das chefias |
Muita gente acredita que o estresse provocado pela pandemia nas organizações se limita aos subordinados, preocupados com a possibilidade de perderem o emprego e pressionados pelos seus superiores para o aumento da produtividade.
Ledo engano, dizem os especialistas que analisam o impacto da Covid-19 no mercado de trabalho. As chefias também têm sido dramaticamente afetadas pelas mudanças no processo de gestão causadas pela ação do vírus. Betânia Tanure, uma das grandes referências na área de cultura organizacional em nosso país, concluiu, a partir de pesquisa realizada recentemente, que quase 90% dos executivos estão preocupadíssimos com o efeito da pandemia sobre a sua saúde mental. Mais ainda: cerca de 60% têm medo de morrer, e mais de 40% decidiram se separar do seu cônjuge.
A angústia provocada pela frustração dos subordinados, a pressão para tomar decisões, a insegurança com respeito ao futuro pessoal, profissional e da própria empresa onde trabalham, têm feito com que o equilíbrio emocional das chefias se deteriore rapidamente, com impacto dramático na qualidade de vida e na saúde.
Que fique claro: os chefes também sofrem com a pandemia. Ninguém, absolutamente ninguém, está imune ao vírus do medo e da insegurança
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Cuidado com a ditadura do Tik Tok. Todo excesso faz mal |
No começo, parecia uma brincadeira, mas no mundo digital as brincadeiras bem planejadas são amplamente compartilhadas e rendem muito dinheiro. É o que acontece com o Tik Tok, aplicativo concorrente do Facebook, que caiu no “gosto da galera” e está “bombando em todo o mundo”. Já ocorreram mais de 3 bilhões de downloads e a adesão global cresce vertiginosamente.
O Tik Tok criou novos hábitos e já desponta como o aplicativo preferido para um número significativo de usuários, com uma média de uso superior a 20 horas mensais.
Como nada que acontece no universo digital é de graça ou inofensivo, já se sabe que a utilização intensiva do TikTok impacta sobretudo o público constituído por pré-adolescentes e adolescentes. Este aplicativo, como qualquer outro, se vale de algoritmos que têm a capacidade de influenciar o comportamento das novas gerações (o que não significa que os mais velhos não tenham também aderido ao Tik Tok).
Há casos dramáticos amplamente divulgados como o de um adolescente brasileiro, filho de uma cantora de forró, que tirou a própria vida em reação a um vídeo publicado pelo aplicativo que o fez perder a razão. Você não ignora que estas situações afetam a saúde mental em particular de pessoas mais vulneráveis, não é verdade?
Logo, cuidado com o andor que o santo é barro. As brincadeiras nem sempre provocam resultados agradáveis e é preciso estar atento (a) às novidades que parecem inofensivas especialmente quando elas envolvem perigosamente as nossas crianças, nossos filhos e netos
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