Ano 4 – No 43 – Abril 2022
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Fala, professor! |
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Aprenda a morder, se quiser enfrentar os pitbulls digitais |
Numa sociedade conectada como a que vivemos, acreditar que os nossos dados e informações possam ser (pelo menos com facilidade) mantidos sob sigilo, representa uma “santa” ingenuidade, visto que eles basicamente são rastreados, em todo o seu caminhar pelas trilhas digitais (sites, mídias sociais, aplicativos em geral).
Houve um tempo em que se acreditava que as informações compartilhadas nos canais de comunicação internos só estariam disponíveis para os colaboradores, funcionários ou servidores e que os públicos externos não tinham acesso a eles. Ledo engano. Não há segredos a se preservar porque as paredes digitais têm ouvidos muito sensíveis, bocas enormes e ruidosas, que espalham o que podem captar sem qualquer parcimônia.
Dados e informações vazam permanentemente e é comum nos depararmos com notícias de que os bancos, os órgãos de segurança, as instituições públicas e mesmo as gigantes da tecnologia (Google, Facebook Instagram sofreram invasões (haja hackers no mundo moderno!) que afrontaram a privacidade dos seus clientes ou usuários.
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Você Sabia? |
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Muita atenção em casa. As criancinhas
sofrem com a exposição a telas eletrônicas |
Os especialistas, baseados em estudos realizados por instituições de vários países, têm sérias restrições à exposição da primeira infância às telas eletrônicas (televisão e celular em especial) e, em geral, consideram que elas prejudicam a saúde de crianças menores de 2 anos.
Segundo a OMS, o incremento do tempo de utilização da tela eletrônica pelas crianças, ocorrido durante a pandemia, merece preocupação porque esta exposição pode prejudicar o desenvolvimento infantil com efeitos negativos ao longo de sua vida. Há evidências de que ela, por exemplo, pode “afetar o rendimento escolar, a produtividade e geração de renda das crianças quando adultas. No contexto da fisiologia do corpo dessas crianças, elas podem contribuir para o surgimento de diversas doenças, como diabetes mellitus, depressão, problemas no sono, dentre outros.”
Os estudos também revelaram um dado controverso: os efeitos da exposição às telas dependem do conteúdo e da forma de utilizá-las. Merece ser citado a este respeito “um estudo realizado no Brasil que identificou que a exposição a tempo de tela de alta qualidade (ou seja, com mediação e participação dos pais) foi associada a melhores resultados no desenvolvimento infantil.” Nem tudo pode estar perdido, portanto, mas é comum perceber que esta condição raramente é satisfeita, visto que a maioria das crianças se expõe à tela sem qualquer critério ou vigilância dos seus pais.
Logo, atenção redobrada em casa. A exposição às telas pode prejudicar as suas crianças. |
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Aumenta o número de jornalistas e veículos
vítimas de violações à liberdade de expressão
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A Associação Brasileira Emissoras de Rádio e TV (Abert) divulgou, em abril de 2022, o Relatório Violações à Liberdade de Expressão, que chegou a uma triste conclusão: em 2021, o Brasil registrou 145 casos de violência contra profissionais de imprensa e veículos de comunicação, com o envolvimento de 230 profissionais e veículos de comunicação, o que significa quase 3 casos por semana. Este número é 21,69% maior do que o ocorrido em 2020. Como detalha o relatório da ABERT, “as ofensas tiveram o maior registro de casos em 2021, com 53 ocorrências. Em seguida, estão as agressões, com 34 casos, e as intimidações, com 26 casos.”
O relatório cita também o levantamento realizado pela BITES, empresa de análise de dados para decisões estratégicas, apesar da redução de 54% em relação a 2020, as postagens em redes sociais como o Twitter, Facebook e Instagram, com palavras de baixo calão, expressões depreciativas e pejorativas dirigidas à imprensa profissional e aos jornalistas, representaram cerca de 4.000 ataques virtuais por dia, ou quase três agressões por minuto.”
O número de ataques com armas de fogo (50) aumentou, no período, em 100% em relação ao ano anterior, mas não houve registro oficial de morte em 2021. Há, no entanto, uma dúvida: o assassinato do radialista Weverton Rabelo Fróes, na Bahia, ainda está sob investigação e, infelizmente, pode estar associado a estas tristes estatísticas.
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Brasil é o “lanterninha” em estudo sobre
a mulher no comando das redações
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As mulheres jornalistas estão longe de ocupar posição de comando nas redações em todo o mundo, mas a situação do Brasil é a pior na comparação com outros 11 países. Esta é a conclusão da pesquisa anual realizada pelo Instituto Reuters para Estudos de Jornalismo, que examinou a questão de gênero em 240 redações dos principais veículos de 12 países, e publicada, em abril, no Dia Internacional da Mulher.
A pesquisa evidencia que as mulheres constituem apenas 21% (1% a menos do que no ano anterior) dos 179 principais editores, embora representem 40% da força de trabalho no setor. O Brasil ocupa o pior lugar neste ranking porque, por aqui, apenas 7% dos principais editores são mulheres (5% a menos do que no ano anterior). A melhor situação é a dos Estados Unidos, onde as mulheres ocupam 50% dos lugares reservados aos principais editores.
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