Ano 4 – No 44 – Maio 2022
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Fala, professor! |
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Microplásticos no sangue humano:
ciência alerta para os riscos
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Você certamente já leu e ouviu alguma coisa (ou muita coisa) sobre o efeito devastador do plástico no meio ambiente, mesmo porque, sobretudo nos últimos anos, notícias a este respeito têm circulado cada vez com maior frequência.
O lobby das empresas que produzem ou utilizam este material impediu, durante muito tempo, que governos, organizações de defesa do meio ambiente e da saúde, e mesmo os cidadãos pudessem estar adequadamente informados sobre a capacidade de contaminação pelo plástico.
Recentemente, no entanto, a cobertura jornalística e, em particular a pesquisa científica, deram um passo importante no sentido de ampliar o conhecimento sobre os riscos decorrentes da utilização abusiva do plástico.
Estudos têm demonstrado que este componente tem estado presente, cada vez mais, de forma perigosa, no organismo humano a partir do consumo de alimentos embalados e de animais e mesmo pela inalação do ar e a ingestão de água contaminada por microplásticos.
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Você Sabia? |
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A cola on line está correndo solta.
Ah, esses estudantes digitais! |
A cola continua sendo um recurso ilícito (terrível, não?), amplamente utilizado nas provas realizadas pela Internet. É o que garante a Plataforma ProcotorU, serviço que monitora a aplicação deste tipo de provas na web e que, em 2021, flagrou um em cada 14 alunos (6,6% do total) cometendo irregularidades durante os exames realizados on-line, todos eles merecidamente desclassificados. Essa proporção é 14 vezes mais elevada do que a de 0,5% observada nos exames feitos nos 15 meses anteriores à pandemia.
Resta um alívio, pelo menos por enquanto: não temos resultados para o caso brasileiro, visto que estes dados se referem a instituições (mais de mil) de países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália. O que surpreende negativamente é que os alunos sabiam que estavam sendo vigiados e, mesmo assim, não titubearam em afrontar as regras. As principais violações registradas pelos examinadores foram a presença de pessoas, livros e documentos não autorizados no ambiente de aplicação dos exames. Infelizmente, a cola continua marcando presença no dia a dia das escolas e isso significa que os princípios éticos não estão sendo cumpridos à risca. |
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Gastos com prisões superam
Investimentos em educação básica |
Reportagem publicada pelo Jornal da USP revela estatísticas tristes e contundentes: segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o custo mensal de um preso no Brasil (R$1,8 mensais) é 4 vezes superior ao investimento realizado por aluno matriculado na educação básica (R$470 reais). Isso significa que estamos gastando muito para manter pessoas que cometem delitos e contemplando com muito menos prioridade aqueles que se tornarão os cidadãos do futuro.
Os dados relativos ao gasto com presidiários no Brasil podem, inclusive, ser maiores porque, como identificou um estudo da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto, não há transparência em relação a informações relacionadas aos presídios em nosso país.
Não há saída para este problema, se não revertermos a triste realidade. A educação brasileira, efetivamente, não tem sido contemplada com prioridade pelo Governo Federal, e o número de presos cresce vertiginosamente, o que, convenhamos, faz todo sentido.
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Você sabe o que é “bossware”? Não? Mas deveria!
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Você sabe o que significa a palavra “bossware”? Se a resposta a esta pergunta é não, vamos ajudar você a entender o que significa este termo e as consequências de sua aplicação concreta.
“Bossware” representa o conjunto de ferramentas de monitoramento de computador que têm como finalidade revelar aos seus empregadores o que você pensa, o que você deseja ou vai fazer, e se anda trabalhando com a produtividade por eles pretendida.
Pressionadas pelo incremento da eficiência a todo o custo, as chefias de muitas empresas americanas e europeias, inspiradas pela prática do home office durante a pandemia, desenvolveram ferramentas para monitorar os seus trabalhadores. Em função dos resultados deste esforço para vigiar os funcionários, elas não têm perdido tempo: agem rapidamente para punir aqueles que não exibem desempenho, conforme as suas expectativas, inclusive promovendo demissões sumárias.
Segundo competente e reveladora reportagem do portal Outras Palavras, a tecnologia desenvolvida para esse objetivo se sofistica a cada dia e consegue “registrar pressionamentos de tecla, fazer capturas de tela, registrar movimentos de mouse, ativar webcams e microfones ou tirar fotos periodicamente sem que os funcionários saibam. E esse conjunto crescente de ferramentas vem incorporando inteligência artificial (IA) e algoritmos complexos para dar sentido aos dados coletados.”
Interpretações equivocadas deste esforço de patrulhamento e a desobediência aos princípios éticos (os funcionários não sabem que estão sendo vigiados!) são complicadores desta postura ilegítima das empresas. A era do Big Brother se aprofunda e, com certeza, os trabalhadores pagarão a fatura ao final das contas.
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