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Ano 5 – No 51 – Janeiro/Fevereiro 2023
Pensando a Comunicação fora da Caixa
 
Fala, professor!
  Os muitos desafios do jornalismo para 2023

Os últimos anos não foram fáceis para jornalistas e veículos porque, além da pandemia (perdemos muitos colegas para a Covid 19), tivemos que conviver com governantes autoritários que, dentre os seus piores atributos, exibiam preconceito (e aversão) aos profissionais de imprensa, sobretudo às mulheres que militam na área.
É razoável imaginar que este confronto permanente entre políticos e autoridades deva atenuar com o novo Governo, mas isso não significa que todas as dificuldades estarão superadas e que vamos todos “voar” em céu de brigadeiro. Muito longe disso. A polarização política e ideológica deixou raízes profundas no universo da comunicação e conviveremos por muito tempo ainda (talvez para sempre) com a desinformação, a intolerância, o não reconhecimento da importância da diversidade de ideias e opiniões, o que constitui a essência da democracia.

 

Leia mais
 
Você Sabia?
 
  As nossas redações estão mais negras e mais jovens. Viva!

Pesquisa realizada pelo Laboratório de Sociologia do Trabalho (Lastro), da UFSC, com a parceria da Rede de Estudos Sobre Trabalho e Profissão (RETIJ), a SBPJor, realizada em 2021, concluiu que, nos últimos dez anos, houve um incremento de 200% no número de jornalistas que se autodeclaram negros (pretos e pardos) no país.
Considerando os dados relativos ao Estado de São Paulo, constatou, pela pesquisa, que, dentre os que se declararam negros, 53,5% são mulheres e jovens, entre 23 e 40 anos de idade. Quase todos os jornalistas negros e negras que participaram da pesquisa têm formação em Jornalismo ou Comunicação e 75% deles possuem registro profissional na área. Mas nem tudo dá para comemorar: a presença de mulheres e negros/negras nos cargos de chefias continua longe, muito longe, da porcentagem ideal e essa situação precisa se modificar rapidamente.
É possível avaliar os dados da pesquisa, que são muitos e relevantes, a partir da leitura de reportagem de Claudia Nonato, pesquisadora da ECA/USP, publicada pelo jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.

Maiores Informações:
 
Você aderiu ao jeito globin de viver?

Você pode já ter ouvido a expressão “globin mode”, cunhada pelo Dicionário de Oxford (OED), e que, segundo esta fonte, representa a melhor definição a ser dada para o que aconteceu este ano. Mas você sabe, na verdade, o que ela representa?
Segundo os que gostam de explicar esta postura, ela traduz um “comportamento assumidamente autoindulgente, preguiçoso, desleixado, inevitavelmente com um quê de rejeição às normas sociais” (O Globo, 18/12/2022, p.14). Este comportamento é, conforme indicam os especialistas e os globins assumidos, consequência da pandemia, e pode significar que “estamos nem aí para o que pensam de nós e que iremos fazer o que der na telha”.
A reportagem do Globo, que trata deste tema, discute se “somos ou estamos globin” e explica que o termo está associado aos globins, personagens que são “meio homens das cavernas, mas não vilões embrutecidos”.
Talvez seja demais admitir que esta nova modalidade de vida caracterize a maioria dos jovens que convivem com os tempos da pós-pandemia, mas precisamos reconhecer que muita gente entrou nesta onda e passou a deixar as coisas rolarem, sem muito controle ou disposição para inverter o disco. Uma fonte na reportagem do Globo tenta explicar o que acontece: “O jeito globin é fruto da sensação de que a pandemia acabou, mas de ainda estarmos lutando contra ela.”
Talvez seja melhor ler a reportagem toda para concluir se você é ou apenas está globin neste momento. Clique, se tiver interesse, no link abaixo.

 

Saiba Mais:
 
Brasileiros confiam menos nas vacinas e na ciência

A informação não nos causa surpresa, mas pelo menos, excluídos os negacionistas de plantão, nos ajuda a enfrentar as suas causas e consequências. O cenário é dramático e precisa ser revertido o quanto antes. Vamos a ele: Segundo pesquisa da Fiocruz, a confiança depositada pelos brasileiros nas vacinas e na ciência está em declínio, embora, felizmente, tenhamos que reconhecer que a maioria da população ainda não perdeu o juízo. A pesquisa foi realizada com mais de 2.000 pessoas, com 16 anos ou mais, no período de agosto a outubro de 2022, e concluiu que quase 30% delas confiam pouco ou nada nas vacinas e na ciência, e que essa porcentagem supera os 43,0% para os moradores do Centro-Oeste. Mais de 40% dos entrevistados acreditam também que as empresas farmacêuticas “escondem os perigos” das vacinas e 46,4% deles julgam que os efeitos colaterais são de risco.
Os responsáveis pelo levantamento da Fiocruz indicam que a percepção dos brasileiros “parece ter sido afetada negativamente por campanhas organizadas de desinformação que cresceram em quantidade e impacto durante a pandemia da Covid-19”. E a gente sabe muito bem que pessoas ignorantes do Governo Federal e estaduais, e mesmo políticos e profissionais de saúde, têm contribuído para consolidar essa triste realidade.
Todos nós devemos fazer um esforço para que este cenário seja modificado. A pandemia da Covid 19 não foi embora, outras virão, e precisamos muito da ciência e das vacinas em particular.


Mais dados da pesquisa:
 
Comtexto Comunicação e Pesquisa em ação

Novos e-books do grupo de pesquisa JORCOM para 2023

 

O grupo de pesquisa Jorcom (O Jornalismo na Comunicação Organizacional), certificado pela ECA/USP, está programando para 2023 a edição de 3 novos e-books. O primeiro deles, a ser elaborado por pesquisadores do Jorcom e convidados, trará, como em anos anteriores, artigos que tratam de temas relevantes das linhas de pesquisa do grupo e será lançado no final do primeiro semestre de 2023. Outros dois e-books, de autoria individual do líder do Jorcom, prof. Wilson da Costa Bueno, terão como temática, .respectivamente, Comunicação, Jornalismo e Saúde e Jornalismo Ambiental, e deverão sair, no primeiro e no segundo semestres deste ano. Todos os e-books estarão disponíveis gratuitamente para download dos interessados no portal do Grupo (www.jorcom.jor.br).

 

 

Política de Comunicação: um passo à frente

 

A Comtexto Comunicação e Pesquisa programa o desenvolvimento, em 2023, de novos projetos de consultoria/assessoramento técnico voltados para a elaboração de política de comunicação institucional para empresas e instituições. Além da elaboração da Política de Comunicação, a Comtexto estará, a partir deste ano, prestando assessoria também para a sua implementação, após a sua aprovação. Pioneira neste tipo de assessoramento, a Comtexto já participou de projetos similares para uma dezena e meia de organizações, em especial universidades públicas e institutos federais. Os interessados poderão entrar em contato com esta consultoria, acessando diretamente o diretor responsável pelos projetos pelo e-mail professor@comtexto.com.br.

 
Clicando e aprendendo
 
  Revista Organicom traz dossiê sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

A edição número 39 da revista Organicom – Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, periódico quadrimestral produzido pelo Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo (CRP) da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), traz o dossiê “Comunicação, Agenda 2030 da ONU e Organizações”, além de artigos sobre outros temas.
A revista, referência na área de Comunicação Organizacional, “discute os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), governança e os discursos utilizados pelas organizações para o alcance das metas propostas pela ONU em 2015, ano em que circulou o ousado plano de governança global denominado Agenda 2030”.
Você pode consultar este rico material, que inclui entrevistas com especialistas, artigo que indica o “estado de desenvolvimento da comunicação como um contributo para a Agenda 2030 em sustentabilidade e seu impacto nas organizações, além de resenhas de publicações com uma perspectiva leitura crítica da Agenda 2030.”

 

Revista Organicom:
 
Fiocruz elabora plataforma sobre uso medicinal de espécies vegetais

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) acaba de criar uma plataforma que contém informações amplas e relevantes sobre 300 espécies vegetais encontradas no Brasil. O acervo foi elaborado a partir de um estudo realizado pelo herbário Coleção Botânica de Plantas Medicinais (CBPM), do Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde da unidade (Cibs).
Segundo release de divulgação da Fiocruz, “este banco pode subsidiar pesquisas na área farmacêutica de produtos naturais, auxiliar registros de produtos tradicionais fitoterápicos na Anvisa, fomentar questões de repartição de benefícios junto ao [Conselho de Gestão do Patrimônio Genético] CGEN, além de outros benefícios”. Para consultar o uso de alguma planta, basta clicar no link indicado abaixo e buscar por seu nome popular, científico ou até pelo tratamento.”. O release dá um exemplo: “Ao buscar "babosa", por exemplo, descobre-se que seu uso é feito por comunidades da Bahia, Pará, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Tocantins, Paraná e Minas Gerais. É comumente usada para tratar queimaduras e inflamações, em formas de uso diversas.”

 

Acesse a plataforma:
 
Você sabe o que é deepfake? Este vídeo explica direitinho

Deepfake constitui, na verdade, “uma tecnologia, que usa inteligência artificial (IA) para criar conteúdos sintéticos (não reais), que podem ser áudios, imagens ou vídeos, muito utilizados para transmitir informações falsas”, com impacto, muitas vezes significativo, junto às pessoas. Como explica reportagem da revista Meio & Mensagem, “esta palavra é composta por dois termos em inglês: deep (profundo) e fake (falso), e a primeira é ligada ao conceito de deep learning (aprendizagem profunda), ou seja, método de aprendizado de máquina baseado em conjunto de algoritmos usados para extrair recursos de alto nível de dados brutos, progressivamente.”
Anderson Rocha, diretor do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que coordena o Laboratório de Inteligência Artificial (Recod.ai), tem estudado maneiras de detectar adulterações maliciosas em fotos e vídeos, inclusive em deepfakes, também chamadas de mídia sintética. No vídeo indicado abaixo, você poderá acessar informações relevantes sobre o tema. Se desejar poderá também consultar reportagem da revista Pesquisa Fapesp (https://revistapesquisa.fapesp.br/deepfakes-o-novo-estagio-tecnologico-das-noticias-falsas/), que também entrevistou o referido pesquisador.

 

Acesse o vídeo:
 
 
Expediente
 

Pensando a Comunicação fora da caixa é uma newsletter da Comtexto Comunicação e Pesquisa, empresa de consultoria nas áreas de Comunicação Organizacional/Empresarial e Jornalismo Especializado.
Editor: Wilson da Costa Bueno 
E-mail para contato: wilson@comtexto.com.br

As informações podem ser reproduzidas livremente, mas solicita-se que, caso isso ocorra, a fonte seja citada.
 
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