Ano 5 – No 59 – Outubro 2023
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Fala, professor! |
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Você não acha que está na hora de sua empresa construir uma Política de Comunicação Institucional? |
Temos reforçado, com insistência, inclusive nas edições da nossa newsletter “Pensando a comunicação fora da caixa (veja todas as edições em Newsletter), a necessidade urgente de as empresas e organizações em geral construírem a sua Política de Comunicação Institucional, com o objetivo de incrementar a relação com os seus públicos estratégicos e a sociedade.
Felizmente, esta iniciativa tem sido implementada por um grupo já significativo de organizações que colocaram a mão na massa, particularmente nos últimos 5 anos, e já contam com este instrumento estratégico de gestão da comunicação. É preciso destacar, sobretudo, as instituições públicas (institutos federais, universidades federais e estaduais, empresas e institutos de pesquisa), mas este esforço também têm sido empreendido por instâncias do poder legislativo e judiciário, numa demonstração de que, finalmente, estamos acordando para uma realidade: só com uma Política de Comunicação, sistematizada, construída democraticamente, é possível planejar, executar e avaliar com competência as ações, as estratégias, os projetos e os produtos de comunicação.
Não podemos esquecer o pioneirismo da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que, já na década de 90, elaborava a sua Política de Comunicação, colocando-se na vanguarda em nosso país, e das organizações que trilharam este caminho recompensador, há um bom tempo, como a Fiocruz, a Eletrobras, o IFSC, a Udesc, ou que inovaram em seu segmento (Assembleia de Minas, TRF5, STF, alguns Tribunais de Contas, dentre outras). Parabéns também para tantas outras instituições, como a UFMG e o IFBA, para só citar dois casos, que aprovaram a sua Política de Comunicação em 2023 e as que, como a UFRJ, estão, neste momento, desenvolvendo esse processo.
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Você Sabia? |
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Pesquisa global traz dados importantes sobre a IA no Jornalismo |
O universo do jornalismo já está sentindo o impacto das inúmeras aplicações da Inteligência Artificial na produção de notícias, de imagens e vídeos, e na coleta de dados e informações para subsidiar a atividade, dentre outras.
Pesquisa realizada pelo JournalismoAI traz dados significativos sobre o uso da IA por organizações de notícias, obtidos junto a mais de mais de 120 editores, jornalistas, profissionais de tecnologia e criadores de mídia de 105 redações pequenas e grandes de 46 países.
JournalismAI é um projeto do Polis – o “think tank” de jornalismo da London School of Economics and Political Science ,apoiado pela Google News Initiative
O relatório da pesquisa, que pode ser consultado em espanhol e inglês, traz dados e conclusões importantes distribuídos em vários tópicos, como a) a utilização atual do IA no Jornalismo; b) as estratégias de IA; c) a IA e a etica e política editorial; d) o futuro do IA, e particularmente da IA generativa, no Jornalismo; dentre outros. Ficou evidente, pelo relatório, que há uma disparidade global no uso do IA nesse campo e que as organizações de notícias ainda enfrentam inúmeros desafios, sejam eles de natureza econômica e de infraestrutura, relativos à acessibilidade e ao idioma e mesmo pela convergência de forças políticas. O debate sobre a IA no Jornalismo contempla tanto as vantagens como os potenciais prejuízos e, por um bom tempo, continuará agitando o mercado jornalístico, nas áreas do ensino, da pesquisa e da prática profissional. Por isso, não perca tempo: vale a pena consultar o relatório.
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A comunicação da saúde no Instagram: uma boa referência |
A literatura em comunicação da saúde acaba de ser contemplada com mais uma contribuição valiosa e que objetiva analisar a utilização do Instagram a partir da comparação das realidades brasileira e portuguesa. O livro, intitulado “Boas práticas de saúde pública no Instagram: estudo comparado entre Portugal e Brasil”, é fruto da pesquisa de pós-doutorado realizada pela profa. Pâmela Pinto no Centro de Investigação em Mídias Digitais e Interação (DigiMedia) do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, em Portugal; A profa. Pamela está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e é técnica do Ministério da Saúde.
A obra reúne orientações objetivas que permitem às autoridades sanitárias, profissionais de comunicação, de saúde e comunicadores populares aproveitar a potencialidade das redes sociais para o processo de informação sobre saúde junto à população. A pesquisa, além do acompanhamento das ações dos governos destes dois países em tempos de pandemia, incorpora uma perspectiva crítica em relação ao consumo de saúde no Instagram.
Como acentua o material de divulgação da Fiocruz, citando a autora do livro,
“as recomendações de boas práticas estimulam o fortalecimento da relação entre os atores governamentais e os cidadãos a partir da perspectiva do direito à comunicação e à saúde. Isso implica o processo de interação e o diálogo entre Estado e sociedade: Segundo a pesquisadora, “Hoje, 63% dos brasileiros e 53% dos portugueses usam o Instagram. As autoridades sanitárias precisam participar desse espaço e abordar a saúde como um direito. Observamos que tanto no Brasil como em Portugal os respectivos Ministérios da Saúde têm dificuldades para interagir e incluir os cidadãos em seus conteúdos. Por outro lado, a presença desses atores governamentais na plataforma ajudará no enfrentamento à desinformação sobre diversos temas relevantes, como a vacina e o próprio SUS. Também permitirá abordagens mais explicativas sobre temas complexos, que serão auxiliados pelo poder das imagens”.
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Extinção de espécies: o ser humano é o grande vilão |
A realidade não pode ser escondida ou desvirtuada. Queiramos ou não, temos contribuído, ao longo do tempo, para ameaçar e provocar efetivamente extinção de quase 15 mil espécies de vertebrados em todo o mundo. Esta estatística dramática foi comprovada por trabalho realizado por um grupo internacional de pesquisadores do qual participou o biólogo brasileiro Mauro Galetti, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Rio Claro. Conforme indica o estudo, “a variedade de presas do Homo sapiens corresponde a quase um terço das 46.755 espécies de vertebrados catalogadas e avaliadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) – no mundo, são conhecidas cerca de 80 mil espécies de vertebrados, o grupo de animais que inclui os mamíferos, os répteis, os anfíbios, os peixes e as aves."
Alguns dados do estudo reforçam o instinto predador do ser humano. Conforme explica Felipe Floresti, autor de reportagem publicada pela revista Pesquisa Fapesp, de setembro de 2023, “os pesquisadores compararam a diversidade de presas afetadas pelo ser humano por meio da caça, da pesca ou da captura para criação em cativeiro ou venda com a consumida pelos grandes carnívoros na área em que vivem. O Homo sapiens interfere na vida de 3.202 espécies de vertebrados nos mesmos ambientes da África em que os leões caçam 40 delas. Ou de 2.707 naqueles em que as onças-pintadas consomem 9. Nos mares, a atividade pesqueira humana atinge 10.423 espécies, número 113 vezes maior do que as que servem de alimento para o tubarão-branco.”
Ainda que estas comparações devam ser vistas com cautela, conforme sinaliza o ecólogo André Pinassi Antunes, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), não se pode ignorar o impacto devastador da ação humana.
É preciso lembrar que o homem não mata os vertebrados apenas para se alimentar e que se vale da sua eliminação para outros fins, como a produção de roupas, medicamentos ou alimentos para outros animais, além da criação como animal de estimação. Isso sem contar que há mortes expressivas pela simples vontade de matar e utilizar a caça como troféu e que o tráfico de animais rende milhões de dólares.
O estudo chama a atenção para este cenário dramático e pode contribuir para a elaboração de políticas públicas que contribuam para que os animais não sejam penalizados pela ganância e pelo espírito destruidor do ser humano.
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Comtexto Comunicação e Pesquisa em ação |
A construção de uma Política de Comunicação em um novo texto
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O e-book Gestão da Comunicação Pública: estudos do X Encontro de Administração Pública, organizado pelos professores Jorge Duarte, Leandro Heringer e Kárita Sena, publicado pela ABCPública, inclui um artigo do prof. Wilson da Costa Bueno, diretor da Comtexto Comunicação e Pesquisa, Wilson da Costa Bueno, intitulado “As etapas e os desafios da elaboração e implementação de uma Política de Comunicação na área pública”. Se você tiver interesse, acesse o e-book pelo link.
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Participe do ENJAI- Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa
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A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) realizarão, de 16 a19 de novembro próximo, o 22º Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAI), evento tradicional na área.
O encontro terá como temática principal “Desafios da Assessoria de Imprensa na Atualidade”, com a previsão de reunir cerca de 300 pessoas, entre profissionais, estudantes, professores e demais interessados na temática. O diretor da Comtexto Comunicação e Pesquisa, prof. Wilson da Costa Bueno, participará do do painel “Responsabilidade Profissional e Ética em Tempos de Pós-Verdade”, que acontecerá na sexta-feira (17/11), das 8h30 às 10h10.
O ENJAI terá 50 horas de atividades, com seis painéis temáticos, quatro minicursos, apresentação de três cases de comunicação em assessoria, duas conferências, duas plenárias e outros sete eventos (políticos, culturais, de lazer e confraternização). Participe do ENJAI e curta a cordialidade e a riquíssima cultura baiana. Maiores informações.
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Clicando e aprendendo |
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Os agrotóxicos e o colonialismo químico |
Se você que nos lê ainda não está suficientemente informada (o) sobre o efeito nefasto dos agrotóxicos para a saúde e a para o meio ambiente, vale a pena consultar a obra “Agrotóxicos e colonialismo químico”, de Larissa Mies Bombardi, professora do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), publicada pela Editora Elefante.
A autora tem uma visão bastante crítica do impacto do mercado de agrotóxicos que movimenta cerca de 60 bilhões de dólares anuais e que é responsável pela intoxicação de 1 milhão de pessoas anualmente em todo o mundo. No momento, ela vive fora do país por força de perseguição intensa de autoridades brasileiras, em particular no Governo anterior, estimuladas pelo lobby das empresas agroquímicas sediadas no Brasil e no exterior. É preciso se libertar do argumento utilizado por aqueles que a criticam e que a condenam por uma perspectiva identificada com o marxismo e, para tanto, basta recorrer a outras fontes, como, por exemplo, a nossa competente e lúcida Fiocruz. No ano passado, o GT Agrotóxicos e Saúde da Fiocruz emitiu comunicado aos senadores da República e à população (Matéria) tendo em vista a aprovação do projeto de Lei que flexibilizava o uso e comercialização de agrotóxicos (a chamada PL do veneno). Neste comunicado, o GT lembrava que” a Fiocruz atua na temática de Agrotóxicos e Saúde há muitas décadas, seja na pesquisa, na formação, na vigilância e no monitoramento laboratorial dessas substâncias na água, alimentos e nos ambientes, incluindo o do trabalho. A expertise acumulada ao longo de décadas de atuação nos permite afirmar que o PL irá impor graves retrocessos à sociedade, ampliando a contaminação ambiental e a exposição humana aos agrotóxicos, e que podem se materializar em adoecimento e morte da população, em especial daqueles em maior situação de vulnerabilidade.”
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Acompanhe o Podcast Comunicação Pública: Guia de sobrevivência |
O podcast, pouco a pouco, vai se consolidando como produto importante da comunicação organizacional e tem sido incorporado, com competência, por um grande contingente de empresas e organizações em nosso país. Nesta edição, chamamos a atenção dos comunicadores para a iniciativa da ABCPública que, há algum tempo, vem produzindo o podcast “Comunicação Pública: Guia de sobrevivência”, sob a coordenação de Aline Castro, profissional de excelência no TRT SP, e integrante do Conselho Consultivo da Associação. No link, ao final desta notícia, você terá acesso a todos os podcasts já produzidos e recomendamos, firmemente, pelo ineditismo e grande atualidade, o que trata da relação entre Ouvidoria e Comunicação, nem sempre trabalhada pela literatura da área. Aguce os ouvidos e siga em frente. Você, certamente, ganhará com isso.
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E-book Gestão da comunicação Pública: referência importante! |
Uma notícia alvissareira para todos nós: acaba de ser lançado o e-book “Gestão da comunicação pública: estudos do X Encontro Brasileiro de Administração pública”, organizado pelos professores Leandro Heringer, Jorge Duarte e Kárita Sena, resultado de uma parceria entre a Sociedade Brasileira de Administração Pública (SBAP) e a Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública).
A obra reúne um conjunto significativo de artigos, sob a responsabilidade de professores, pesquisadores e profissionais da área, e abrange inúmeros temas relevantes, com a construção de Política de Comunicação, a formação da imagem de instituições militares, a interação produtiva com os cidadãos, a acessibilidade em redes sociais governamentais e o uso de dispositivos móveis na comunicação pública dentre muitos outros.
Uma outra notícia não menos importante: o e-book está disponível para download gratuito na biblioteca da ABCPública, uma das referências notáveis da comunicação pública brasileira. Você está convidada (o) a acessar o e-book e a compartilhar esta informação. A comunicação brasileira agradece.
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Expediente |
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Pensando a Comunicação fora da caixa é uma newsletter da Comtexto Comunicação e Pesquisa, empresa de consultoria nas áreas de Comunicação Organizacional/Empresarial e Jornalismo Especializado.
Editor: Wilson da Costa Bueno
E-mail para contato: wilson@comtexto.com.br
As informações podem ser reproduzidas livremente, mas solicita-se que, caso isso ocorra, a fonte seja citada. |
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