Site Comtexto Comunicação e Pesquisa
 
 
Quem Somos   |   O que fazemos
 
 
Ano 5 – No 61 – Janeiro 2024
Pensando a Comunicação fora da Caixa
 
Fala, professor!
  A divulgação científica avança no Brasil. Agora são os tiktokers da ciência que fazem sucesso.

Os comunicadores da ciência desempenham papel fundamental no processo de democratização do conhecimento e, cada vez mais, têm utilizado novos recursos, novas plataformas com o objetivo de cumprir esta importante missão. De algum tempo para cá, com a consolidação das mídias sociais, a divulgação científica extrapolou os limites tradicionais, que incluíam apenas os meios de comunicação de massa, em especial jornais e revistas, rádio e televisão. Agora, ela representa esforço importante para atingir o público leigo a partir de blogs, canais de vídeo, podcasts, perfis de mídias sociais, como o Twitter, o Facebook e o Instagram. A última fronteira acaba também de ser consolidada, com a presença de notícias de ciência e tecnologia no TikTok. A revista Pesquisa Fapesp, de janeiro de 2024, traz ampla reportagem sobre esta nova realidade, indicando alguns tiktokers que estão “na crista da onda”, com um número expressivo de seguidores. Como lembra a reportagem, assinada por Sarah Schmidt, o TikTok foi a rede que experimentou o maior crescimento nos dois últimos anos, seguida pelo Instagram, e no início do ano passado (deve ter crescido muito de lá para cá) contava com mais de 80 milhões de usuários. Certamente, como assinala a autora da reportagem, a pandemia contribuiu para este incremento na medida em que estimulou o uso da comunicação digital, favorecida pelo aumento do tempo livre para os divulgadores da ciência.

 

Leia mais
 
Você Sabia?
 
  Mortes por bactérias resistentes nos hospitais do país aumentam de forma reocupante

Os profissionais de saúde e pesquisadores têm motivos de sobra para se mostrarem preocupados porque algumas doenças, como a dengue, têm alcançado número surpreendente de casos, assim como se mantém, em virtude de hábitos não saudáveis, da falta de fiscalização e ausência de saneamento básico, a incidência de diabetes, doenças cardiovasculares, infecções gastrointestinais e a contaminação por agrotóxicos.

Um outro fato merece também a atenção dos profissionais de saúde: a presença expressiva de bactérias resistentes a antibióticos, que foram responsáveis, já em 2019, por mais de 30 mil mortes em nosso país. O desenvolvimento de novos antibióticos, ao longo do tempo, permitiu, segundo os especialistas, o aumento de até 20 anos na longevidade humana, mas os microrganismos que provocam doenças têm se mostrado cada vez mais resistentes a eles (a teoria da evolução referenda esta condição).

Na prática, não há como impedir a presença de bactérias, já que elas aparecem, regularmente, na água, no solo, no ar e no nosso corpo, mas o uso abusivo de antibióticos acaba gerando a formação de variedades resistentes e que, hoje, mais do que em qualquer outra época, ameaçam a nossa saúde.

Segundo a infectologista brasileira Fernanda Lessa, que comanda o programa internacional de controle de infecções dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, em entrevista à revista Pesquisa Fapesp, publicada em janeiro de 2024, , têm surgido bactérias resistentes a praticamente todos os medicamentos, mas, felizmente, elas ainda são encontradas mais em hospitais do que em outros lugares. Elas respondem, em todo o mundo, por cerca de 136 milhões de casos de infecção hospitalar e de 6 milhões de mortes por ano.

A ciência tem buscado fazer o seu papel, mas a inexistência de políticas públicas voltadas para o saneamento básico e de campanhas competentes que incentivem a vacinação, a higiene pessoal e o controle no uso dos antibióticos, largamente observado na prevenção da saúde animal, poderemos perder esta luta.

Leia:
 
Os novos manuais de redação já contemplam diretrizes para uso da IA

Os editores e jornalistas, que trabalham nas redações no mundo todo, deverão estar, em 2024, às voltas com as consequências do impacto da utilização do IA na sua rotina de trabalho. Para que obedeçam aos princípios da ética e transparência, e não afrontem os direitos autorais, as redações deverão dispor de diretrizes claras e objetivas sobre o uso das aplicações de inteligência artificial, que, normalmente, como já tem acontecido, ficam consagradas em manuais específicos.

Há inúmeras aplicações importantes para esta área, como a decupagem de entrevistas, o resumo de longos documentos (por exemplo de relatórios de pesquisa), a busca de informações na web e daí por diante. Mas é importante também que os manuais indiquem os cuidados a serem observados com as novas tecnologias, porque as chamadas “alucinações” da IA costumam criar ou alterar o conteúdo de informações, induzindo a erros considerados imperdoáveis. Inúmeros portais, que utilizam a IA, têm reconhecido publicamente que uma porcentagem expressiva de informações geradas por este recurso inclui imprecisões ou dados falsos, e têm chamado a atenção para a necessidade de as redações checarem o que resgatam com estas ferramentas.

Estes manuais devem orientar o trabalho da redação, reforçar a importância da revisão humana e propor que os profissionais de imprensa deixem claro até onde estão avançando com a utilização de IA em suas notícias e reportagens, mas também nas fotos que as ilustram e mesmo nos vídeos que acompanham o material publicado. Devem, ainda, indicar quais ferramentas de IA estão utilizando, quais bancos de dados e informações de que se valem para extrair as informações e, sempre que houver erros, deixar que a audiência saiba disso.

Alguns veículos jornalísticos já iniciaram este trabalho e em todo mundo dezenas de redações têm elaborado manuais que vão orientar a sua prática com a inteligência artificial generativa.

Você pode consultar um texto que traz comentários sobre as redações que já dispõem desses manuais). Clique também no link abaixo que permite acessar um bom material sobre os manuais de redação que contemplam o uso de IA.

 

Mais Informações:
 
Que tal comer insetos? A pesquisa diz que faz bem para a saúde

Você já deve ter lido ou ouvido sobre culturas, em especial as asiáticas e africanas, que têm como hábito o consumo de insetos e mesmo de outros “bichos” pra lá de estranhos, como escorpiões, aranhas, formigas, dentre outros. Um cientista brasileiro da área de alimentos deu um largo passo nesse sentido, ao desenvolver farinha proteica à base de grilos, e está ativo por aqui proclamando esta novidade, com o argumento de que “comer insetos” faz bem. Ele se chama Antonio Bisconsin Junior, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro) e alega que comer insetos, além de boa alternativa alimentar, pelo seu valor nutricional, pode representar também um ganho ambiental por ser uma alternativa ao sistema agroalimentar tradicional que gera gases de efeito estufa e consome muita terra e recursos.

O pesquisador concluiu no ano passado o seu doutorado na Unicamp, e fez estágio na Alemanha, culminando com a produção de um concentrado proteico de grilo para o consumo humano, e que também pode ser usado como ingrediente pela indústria de alimentos.

Em entrevista à revista Pesquisa Fapesp, ele citou o caso da Tailândia, onde se consome grilo em abundância, a República

Democrática do Congo, onde se encontra, com alguma facilidade, larva de besouro e lagarta de mariposa e, mais próximo de nós, o México que vende, em feiras de rua, os chapulines (gafanhotos) , que, segundo ele, as “pessoas comem como se fosse pipoca”.

Para o pesquisador, os insetos têm proteína em quantidade equivalente à encontrada nas carnes e que, quando são utilizados para a produção de farinha, o resultado é ainda melhor, chegando a ter mais do que o dobro de proteína de uma carne consumida normalmente.

Ele reconhece, no entanto, que não será nada fácil incorporar este “alimento” na nossa cultura alimentar porque, em geral, e sua pesquisa demonstrou isso, há no Brasil um grau forte de repulsa em relação à ingestão de insetos. É só esperar para ver, mas basta lembrar que há pessoas em todo o mundo, inclusive brasileiros, que fazem turismo nestes países e muitos deles acabam provando esta estranha “guloseima”. E você, toparia encarar essa?


Leia a Entrevista:
 
Comtexto Comunicação e Pesquisa em ação

A edição recente da revista Organicom traz artigo de diretor da Comtexto sobre Cultura e Comunicação

 

A revista Organicom, da ECA/USP, certamente uma das publicações acadêmico-científicas, mais importantes na área de Comunicação Organizacional, lançou no final de dezembro passado, uma nova edição que traz o dossiê Comunicação, Cultura e Liderança, com artigos de especialistas (professores, pesquisadores, profissionais) do Brasil e do exterior. A revista publicou, dentre eles, um artigo do jornalista e professor Wilson da Costa Bueno, diretor da Comtexto Comunicação e Pesquisa, intitulado “Cultura organizacional e comunicação como antídotos para crises institucionais”, com o seguinte resumo: As mudanças dramáticas e constantes no contexto econômico e sociocultural que caracteriza a sociedade moderna exigem das organizações a adoção de processos e mecanismos que lhes permitam, ao mesmo tempo, atender às demandas e expectativas dos públicos estratégicos e garantir a sua sustentabilidade. Nesse sentido, é fundamental a implementação de uma nova cultura organizacional, fundada em pressupostos básicos, como a sustentabilidade, a inclusão social, a diversidade corporativa, a acessibilidade e a adoção de um sistema competente de governança. Se você tiver interesse, o link para o artigo. Não deixe, porém, de acessar os demais artigos que integram esta edição. A leitura é fortemente recomendada para os estudiosos, docentes, estudantes e profissionais que atuam nesta área.

 

 

Dê em 2024 um upgrade na comunicação da sua empresa: elabore e implemente uma Política de Comunicação Institucional

 

A Política de Comunicação é um instrumento estratégico de gestão e deve ser elaborada e implementada pelas organizações e/ou empresas modernas porque contribui para uniformizar e qualificar as posturas em comunicação a serem observadas pelos seus públicos internos. Este documento não apenas qualifica a comunicação institucional, mas indica recursos para avaliar a eficácia de ações, projetos, produtos e programas de comunicação. Cerca de 3 dezenas de organizações, em especial universidades públicas, institutos federais e institutos de pesquisa já dispõem deste documento e os utilizam para subsidiar os seus planos de comunicação. A maioria das organizações brasileiras, no entanto, ainda não deram este passo fundamental. Se a sua empresa ainda não conta com uma Política de Comunicação, por que não elaborar este instrumento em 2024? A Comtexto Comunicação e Pesquisa é a empresa de consultoria que mais esteve presente em projetos de construção de Políticas de Comunicação em nosso país. Se tiver interesse em realizar este trabalho, conte com a gente. Maiores informações poderão ser obtidas com o diretor da Comtexto, Wilson da Costa Bueno, professor sênior da USP, pelo e-mail professor@comtexto.com.br ou pelo WhatsApp (11)95340-6948.

 
Clicando e aprendendo
 
  Conheça o Amazônia Vox, banco de fontes para jornalistas

Você precisa conhecer o Amazônia Vox, um banco de fontes que tem como objetivo favorecer o trabalho de jornalistas e veículos na produção de notícias e reportagens sobre a Amazônia. Trata-se, como destacado no seu portal, de uma “plataforma criada pela iniciativa do Instituto Bem da Amazônia, entidade sem fins lucrativos formada por profissionais experientes da região que atua em diversas frentes, entre elas o protagonismo amazônico através da comunicação.”

Segundo o portal, “os dados são inseridos com busca ativa pela nossa equipe em sites e outras informações públicas, respeitando a LGPD, e com a ajuda de um formulário para cadastro colaborativo voluntário. Todos os dados são avaliados previamente pela nossa equipe antes de ser disponibilizado para os usuários da plataforma.” Dispor de especialistas da região amazônica é fundamental num momento em que os olhos do mundo todo, e em particular o nosso, estão voltados para a Amazônia, pela sua inestimável importância no que diz respeito à sustentabilidade do planeta.

Um lembrete apenas, destacado pelos responsáveis pelo portal: “o Amazônia Vox apenas estabelece a conexão, sem ter qualquer responsabilidade na contratação e prestação de serviços, mas assume o compromisso de ofertar qualificações para os que estiverem em parceria conosco.”

 

Acesse o portal Amazônia Vox:
 
Relatório Racismo na Web: uma contribuição valiosa

O Relatório Racismo na Web consiste num documento que relata as informações apresentadas em um webinário realizado em 2023, intitulado: "Racismo na Internet: evidências para formulação de políticas digitais”, promovido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e o Ministério da Igualdade Racial, por meio da Secretaria de Políticas Digitais (Secom) e da Secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo (MIR).

Em 2023, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e o Ministério da Igualdade Racial promoveram esforços conjuntos pela promoção da igualdade racial no país a partir do Governo Federal. No contexto do Novembro Negro, ambos os Ministérios, por meio da Secretaria de Políticas Digitais (Secom) e da Secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo (MIR), promoveram o webinário "Racismo na Internet: evidências para formulação de políticas digitais". Ele contou com a participação de especialistas de reconhecido prestígio e experiência nesta temática e reúne, de forma objetiva e lúcida, inúmeras análises e conclusões importantes. Dentre elas, o documento ressalta que “é necessário desenvolver políticas e regulamentações que garantam a transparência e a responsabilidade dos sistemas de inteligência artificial, a fim de evitar a discriminação e o preconceito porque algoritmos são treinados com dados históricos que refletem as desigualdades existentes na sociedade”. O relatório defende a promoção da inclusão e da diversidade nos meios de comunicação e o incentivo ao “financiamento público das mídias digitais, negras, quilombolas e indígenas, bem como a promoção de cursos de qualificação para jornalistas e a criação de conselhos participativos nas mídias públicas com garantia de representatividade negra.”

Vale a pena consultar o relatório, compartilhar as informações nele constantes e estimular o debate e a reflexão sobre esta temática atual e relevante.

 

Download do Relatório:
 
Acesse os manuais e glossários com diretrizes para os comunicadores da SECOM. Vale a pena

Se você ainda não teve a oportunidade de acessar os manuais e documentos existentes no Portal da SECOM – Secretaria de Comunicação da Presidência da República, arrume um tempinho para isso. Lá você encontrará material produzido, ao longo do tempo, para orientar o trabalho dos comunicadores públicos, mas que podem ser lidos e servirem de inspiração também para quem trabalha na área privada.

Dentre os documentos e manuais, podemos destacar as orientações de padronização e estilo de redação, inúmeros glossários (Legislativo, e Jurídico, de Economia), o Manual de Identidade Visual, o Manual de Eventos e um conjunto generoso de fontes bibliográficas que são extremamente úteis para todos os comunicadores.

Se tiver interesse e tiver um tempo, dê uma olhada neste farto material porque realmente vale a pena.

 

Link para os documentos da SECOM:
 
 
Expediente
 

Pensando a Comunicação fora da caixa é uma newsletter da Comtexto Comunicação e Pesquisa, empresa de consultoria nas áreas de Comunicação Organizacional/Empresarial e Jornalismo Especializado.
Editor: Wilson da Costa Bueno 
E-mail para contato: wilson@comtexto.com.br

As informações podem ser reproduzidas livremente, mas solicita-se que, caso isso ocorra, a fonte seja citada.
 
Curta nossa Fanpage   Siga-nos no Instagram   Siga-nos no Twitter   Veja nosso canal no Youtube
 
 
© 2024, Comtexto - Comunicação e Pesquisa. Todos os direitos reservados
 
 
Desenvolvimento e envio por AMS Public - Sites e Sistemas para Internet