Ano 1 – No 7 – Junho 2019
|
Fala, professor! |
|
|
|
A campanha ardilosa da Philip Morris
para liberar o cigarro eletrônico no Brasil |
Pela primeira vez, o número de fumantes no Brasil deixou o patamar dos dois dígitos, caindo de 10,1% de 2017 para 9,3% em 2019, segundo o Índice Vigitel, inquérito telefônico do Ministério da Saúde que mensura o número de fumantes em nosso país. Se considerarmos uma série histórica mais ampla, concluiremos que, felizmente, o número de fumantes vem despencando ao longo do tempo: eles eram 35% em 1989. Isso significa que as campanhas que escancaram os prejuízos do cigarro para a saúde e a conscientização crescente dos brasileiros têm surtido efeito. |
|
|
|
Você Sabia? |
|
|
|
Vigiar funcionários faz mal para a saúde
e para a produtividade |
Você, certamente, já descobriu (ou pelo menos suspeitou) que seus passos têm sido vigiados na empresa em que trabalha ou ouviu relatos de que essas coisas realmente acontecem.
Fique sabendo, então, que essa postura empresarial é cada vez mais frequente. Segundo a empresa de pesquisa Gartner, a maioria das grandes empresas (com receita anual de cerca de 3 bilhões de reais) têm utilizado técnicas de monitoramento bastante sofisticadas e que não se limitam apenas a ferramentas para analisar o conteúdo de e-mails, uso de computadores e mesmo a movimentação de funcionários no ambiente de trabalho. Há empresas que chegam a monitorar os batimentos cardíacos e os padrões de sono dos seus “colaboradores” com o objetivo de verificar o impacto no seu desempenho.
Embora existam defensores deste “patrulhamento”, sob a alegação de que ele permite conhecer melhor os funcionários e detectar vulnerabilidade das empresas em relação a alguns de seus hábitos, há quem denuncie esta invasão de privacidade e mais ainda: apresenta dados que comprovam que o funcionário, ao saber que está sendo monitorado, vê comprometida a sua saúde e a sua produtividade.
Ter consciência de que está sendo permanentemente vigiado deixa os funcionários tensos, sobretudo quando este monitoramento pode gerar informações que podem levá-los inclusive a receber uma avaliação negativa e até mesmo à perda do emprego.
O tema é controverso e merece a atenção de todos nós: empresários e trabalhadores. |
|
|
|
Calma aí: não é só autoridade que mente no currículo! |
Quem pensa que inserir mentiras ou meias verdades nos currículos é um delito ético cometido apenas por nossas autoridades está absolutamente equivocado.
Estes relatos mentirosos que vão de “ter estudado em Harvard” ou “obtido uma pós-graduação bíblica”, que tanto tem nos divertido nos últimos tempos, pelo cinismo de governantes e representantes do Executivo, se repetem com frequência, por exemplo, entre os candidatos a empregos.
Levantamento realizado por uma empresa de consultoria, a DNA Outplacement, (www.dnaoutplacement.com/br) revelou que ¾ dos currículos que foram encaminhados em 2018 para a área de Recursos Humanos no Brasil por candidatos a empregos incluíam informações não verdadeiras.
As mentiras mais encontradas nos currículos dos pretendentes a vagas disponíveis nas empresas foram pela ordem: o valor do salário atual ou do último emprego (em quase metade dos casos, mais precisamente em 48%, não condiziam com a realidade)) e a fluência em língua estrangeira ( com 41% de erros). Além disso, 10% ou mais dos currículos traziam dados incorretos sobre grau de escolaridade, cursos realizados e mesmo sobre o tempo em que o candidato permaneceu desempregado.
Essa “mentira curricular” não tem nada a ver com o fato de o candidato ser jovem ou inexperiente, porque ela também está presente nos documentos enviados por pessoas já maduras, com experiência no mercado.
Está na hora de os candidatos “pinóquios” perceberem que a mentira tem realmente pernas curtas e que, em contrapartida, aqueles que analisam os currículos têm olhos bem grandes. A identificação destas mentiras acaba, é lógico, penalizando aqueles que a praticam e por isso não vale a pena insistir nelas. Ficou claro ou é preciso desenhar? |
|
|
Você pode virar uma deep fake. Sabe o que isso significa? É bom saber! |
A inteligência artificial tem a capacidade de produzir coisas incríveis, para o nosso bem e para o nosso mal. Ela pode favorecer a realização de tarefas rotineiras, diminuindo o nosso esforço, mas pode também gerar dados e informações não verdadeiras que induzem a decisões equivocadas ou aprofundam preconceitos em relação a pessoas, etnias, adeptos de uma religião e por aí vai.
As deep fakes são apenas mais uma das “fabricações” da inteligência artificial e representam identidades falsas criadas por meio de uma técnica de síntese de imagem humana que, ao combinar e sobrepor imagens e vídeos preexistentes, os transforma em algo pretensamente “original”. Isso significa que aquilo que você está vendo, embora aparentemente real, pode ter sido “inteligentemente” fabricado. Na prática, essas pessoas ou personagens que estão em inúmeros vídeos veiculados nas mídias sociais realmente não existem ou, quando existem, jamais falaram ou fizeram o que você parece ter ouvido ou presenciado.
Você se lembra de um vídeo que exibia o ex-presidente Obama fazendo afirmações surpreendentes e descabidas, e que, embora parecesse absolutamente real, era totalmente falso? (https://entretenimento.band.uol.com.br/masterchef/videos/16430362/video-falso-de-obama-chama-atencao-para-deep-fake-news).
Reportagem intitulada “Deep Fake, a mais recente ameaça distópica”, que você poderá conferir em “Leia mais” abaixo dá detalhes desta nova farsa e alerta: “em 2019, não apenas sua identidade pode ser roubada, você pode ser enquadrado, difamado e ser vítima de farsantes com os vídeos deepfake, que podem ser difíceis de se provar falsos. Você pode sofrer golpes, fraudes e ficar vulnerável online, e o inimigo seria a inteligência artificial.”
Parece assustador e é. Cautela e caldo de galinha não fazem mal para ninguém. Desconfie de tudo que possa estar vendo e ouvindo. Pode ser apenas invenção. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|