Ano 3 – No 41 – Janeiro e Fevereiro 2022
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Fala, professor! |
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O protagonismo da comunidade pode
reduzir
o impacto dos desastres ambientais |
Estamos assistindo, novamente, nestes meses de verão, o impacto dramático das mudanças climáticas que têm contribuído para chuvas torrenciais em vários Estados brasileiros (Bahia, Minas Gerais, São Paulo, dentre outros), com danos materiais e, infelizmente, dezenas de mortos.
Na verdade, apesar da insistência das autoridades, e também da mídia, as chuvas não são as únicas responsáveis por estas tragédias porque, afinal de contas, elas sempre foram e continuarão sendo volumosas nesta época do ano. O problema é que a ausência de uma política competente de gestão de riscos e a omissão dos governos (estaduais, municipais e federal) favorecem o incremento dos prejuízos e do número de vítimas. Não dá para impedir que chova, mas não é possível evitar ou ao menos atenuar os danos causados pelos temporais?
Os especialistas garantem que sim. Faltam diretrizes para a ocupação urbana, esforços competentes para a redução das desigualdades (as pessoas que vivem em áreas de risco não estão lá porque querem) e, inclusive, um sistema de alerta, de comunicação que oriente adequadamente a população nestes momentos dramáticos.
Uma política habitacional que discipline a ocupação urbana, a adoção de medidas para conter o deslizamento de terras, para impedir a acumulação de água e o encharcamento do solo em regiões de risco contribuiriam para reduzir a dimensão destas tragédias.
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Você Sabia? |
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Pessoas transgênero e não binárias no Brasil:
a importância de políticas públicas específicas |
O Brasil tem cerca de 3 milhões de pessoas identificadas como transgênero e não binárias, algo em torno de 2% da população adulta. É o que revela o primeiro estudo a este respeito baseado em levantamento realizado pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB-Unesp), indicando que esse grupo está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Outra pesquisa, também de 2021, realizada pelo Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec) e pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Paulo, constatou que “travestis e mulheres trans (70%) constituem a maioria dos entrevistados, majoritariamente solteiros (70%), negros (57%) e com escolaridade até o ensino médio (51%). A revista Pesquisa Fapesp, de janeiro deste ano, traz uma ampla reportagem sobre o tema, com informações e reflexões relevantes, chamando a atenção para a importância de políticas públicas que contemplem esta realidade. Vale a pena uma leitura atenta.
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Os 12 princípios da Comunicação Pública |
A Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública), que completou no ano passado cinco anos de fundação, tem desempenhado papel importante no estudo, na pesquisa e do debate da prática da comunicação pública em nosso país. No ano passado, durante o I Congresso Brasileiro de Comunicação Pública, Cidadania e Informação, realizado entre 18 e 20 de outubro de 2021, a Associação lançou oficialmente os 12 Princípios da Comunicação Pública, que foram definidos após consulta aberta ao público. Estes princípios explicitam os objetivos fundamentais da comunicação pública, como a garantia de acesso amplo à informação, o fomento do diálogo, o estímulo à participação, a promoção dos direitos e da democracia, além do combate à desinformação, dentre outros. Recomenda-se, aos interessados, consultar o documento e, sobretudo, associar-se à ABCPública, notadamente se você atua nesta área ou está comprometido (a) com o seu estudo e pesquisa.
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Os desafios da ESG no Brasil, entre o discurso e a prática |
A sigla ESG, em inglês ("environmental, social and governance") tem sido cada vez mais utilizada como referência às práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa ou instituição e ensejado um debate importante e acalorado em nosso país. A Bravo Research, consultoria em tecnologia especializada em Governança, Riscos, Compliance e ESG, realizou um amplo estudo sobre a ESG, concluindo que nem sempre o discurso sobre a ESG está alinhado com a realidade.
Mais de 90% dos entrevistados, líderes e gestores de médias e grandes companhias, reconhecem que “a temática e as boas práticas de sustentabilidade podem proporcionar ganhos à organização como a valorização da empresa, fortalecimento de cultura, proximidade e conexão com seus clientes, consumidores, colaboradores e investidores”. O problema, porém, é que, na prática, a maioria das empresas (54% delas) ainda não possui uma área dedicada ao ESG e, em 63% dos casos, elas não sabem indicar quanto poderiam investir para implementá-la. A pesquisa levantou também alguns desafios a superar, como o engajamento dos colaboradores, o foco e competência da comunicação interna para apresentar e debater este tema, dentre outros. Enfim, falar é mais fácil do que a prática efetiva da ESG. Dá para mudar este cenário?
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